Reunião na Superintendência do Trabalho foi agendada para sexta (10).
Montadora demitiu cerca de 450 empregados em dezembro, diz sindicato.
Suellen Fernandes Do G1 Vale do Paraíba e Região
Sindicato propõe alternativas ao desligamento dos
operários. (Foto: Divulgação/ GM Brasil)
Um dia após o encontro com o ministro das Relações do Trabalho, Manoel Dias, em Brasília (DF), para discutir as demissões na General Motors em São José dos Campos, o Sindicato dos Metalúrgicos agendou para a próxima sexta-feira (10) um encontro com a montadora na tentativa de suspender o corte de cerca de 450 trabalhadores em dezembro. Eles foram desligados após o encerramento das atividades na Montagem de Veículos Automotores (MVA).
O encontro entre empresa e sindicato, com a participação de representantes do governo federal, vai acontecer às 15h30 na Superintendência Regional do Trabalho, em São Paulo, e além das demissões, vai discutir o destino do aporte de R$ 2,5 bilhões para a fabricação de um novo modelo. A planta disputa o investimento com outros dois países e aguarda o anúncio oficial sobre o destino do recurso.
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Além disso, o sindicato prevê uma série de mobilizações para pressionar a montadora. Uma assembleia nesta quarta-feira (8) deve definir as ações dos metalúrgicos. Além disso, a entidade pretende entrar com uma ação judicial para pedir a reintegração dos trabalhadores.
De acordo com o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros ' Macapá', após a assembleia está prevista uma manifestação que terá como destino o Paço para pressionar o prefeito joseense, Carlinhos Almeida (PT), a cobrar da GM investimentos na planta local. ]
Uma manifestação também deve ocorrer sexta-feira na capital. "Nessa reunião vão estar representantes da GM e do governo federal, vamos pressionar não apenas pela questão da GM, mas de todas empresas que recebem incentivos fiscais e demitem. O ministro Guido Mantega e a presidente Dilma Rousseff foram claros quanto à essa questão e esperamos que eles adotem medidas contra a GM", disse Barros ao G1.
Acordo
O sindicato contesta que o acordo firmado em 2013 com a GM envolvendo o impasse sobre o MVA previsse a demissão em massa. "O acordo previa o encerramento do MVA, mas a situação dos trabalhadores deveria ser discutida. Tínhamos alternativas às demissões, como a antecipação da aposentadoria de parte dos trabalhadores e novos investimentos", defendeu o líder sindicalista.
O setor, uma das oito fábricas do complexo da multinacional em São José, fabricava quatro modelos até julho do ano passado. Em dezembro, encerrou a produção do último dos quatro veículos, o sedã Classic. Em janeiro do ano passado foram demitidos 598 funcionários e em dezembro cerca de 450.
Outro lado
A assessoria de imprensa da GM foi procurada às 18h desta quarta, mas ninguém foi localizado para comentar o assunto. O destino dos R$ 2,5 bilhões ainda não foi definido pela montadora norte-americana.
FONTE.Do G1 Vale do Paraíba e Região
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