terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Sindicato tenta suspender demissão de trabalhadores na GM em São José

Reunião na Superintendência do Trabalho foi agendada para sexta (10).

Montadora demitiu cerca de 450 empregados em dezembro, diz sindicato.

Suellen Fernandes Do G1 Vale do Paraíba e Região

Sindicato propõe alternativas ao desligamento dos
operários. (Foto: Divulgação/ GM Brasil)

Um dia após o encontro com o ministro das Relações do Trabalho, Manoel Dias, em Brasília (DF), para discutir as demissões na General Motors em São José dos Campos, o Sindicato dos Metalúrgicos agendou para a próxima sexta-feira (10) um encontro com a montadora na tentativa de suspender  o corte de cerca de 450 trabalhadores em dezembro. Eles foram desligados após o encerramento das atividades na Montagem de Veículos Automotores (MVA).
O encontro entre empresa e sindicato, com a participação de representantes do governo federal, vai acontecer às 15h30 na Superintendência Regional do Trabalho, em São Paulo, e além das demissões, vai discutir o destino do aporte de R$ 2,5 bilhões para a fabricação de um novo modelo. A planta disputa o investimento com outros dois países e aguarda o anúncio oficial sobre o destino do recurso.

Além disso, o sindicato prevê uma série de mobilizações para pressionar a montadora. Uma assembleia nesta quarta-feira (8) deve definir as ações dos metalúrgicos. Além disso, a entidade pretende entrar com uma ação judicial para pedir a reintegração dos trabalhadores.

De acordo com o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros ' Macapá', após a assembleia está prevista uma manifestação que terá como destino o Paço para pressionar o prefeito joseense, Carlinhos Almeida (PT), a cobrar da GM investimentos na planta local. ]


Uma manifestação também deve ocorrer sexta-feira na capital. "Nessa reunião vão estar representantes da GM e do governo federal, vamos pressionar não apenas pela questão da GM, mas de todas empresas que recebem incentivos fiscais e demitem. O ministro Guido Mantega e a presidente Dilma Rousseff foram claros quanto à essa questão e esperamos que eles adotem medidas contra a GM", disse Barros ao G1.

Acordo
O sindicato contesta que o acordo firmado em 2013 com a GM envolvendo o impasse sobre o MVA previsse a demissão em massa. "O acordo previa o encerramento do MVA, mas a situação dos trabalhadores deveria ser discutida. Tínhamos alternativas às demissões, como a antecipação da aposentadoria de parte dos trabalhadores e novos investimentos", defendeu o líder sindicalista.


O setor, uma das oito fábricas do complexo da multinacional em São José, fabricava quatro modelos até julho do ano passado. Em dezembro, encerrou a produção do último dos quatro veículos, o sedã Classic. Em janeiro do ano passado foram demitidos 598 funcionários e em dezembro cerca de 450.

Outro lado
A assessoria de imprensa da GM foi procurada às 18h desta quarta, mas ninguém foi localizado para comentar o assunto. O destino dos R$ 2,5 bilhões ainda não foi definido pela montadora norte-americana.
FONTE.Do G1 Vale do Paraíba e Região

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