quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Pela 1ª vez, pinguim reabilitado solto ao mar terá rastreamento por GPS

Apelidado de 'Capitão', animal terá trajeto acompanhado por pesquisadores.
Operação no litoral lançou outros 35 bichos de volta ao seu habitat natural.

'Capitão' usando rastreador antes de ser solto

em alto mar. (Foto: Divulgação/Instituto Argonauta)
Um grupo de 36 pinguins de Magalhães foi solto em alto mar em São Sebastião, litoral norte de São Paulo em um trabalho realizado pelo Instituto Argonauta, de Ubatuba, com apoio do Inpe e da Marinha. Esses animais devolvidos ao seu habitat natural foram encontrados na costa brasileira durante o ano passado e passaram por um processo de reabilitação. A ação foi realizada na última sexta-feira (17) a 150 quilômetros de distância da costa. A novidade foi que um dos animais foi devolvido ao mar com um rastreador GPS.
De acordo com o oceanógrafo Hugo Gallo, presidente do Instituto Argonauta e diretor do Aquário de Ubatuba, a escolha da data e do ponto de soltura destes animais foi planejada de acordo com as condições dos ventos e das correntes marítimas que aumentam as chances de retorno às colônias de reprodução. Essa espécie de pinguim é geralmente originária da costa da Patagônia Argentina e Ilhas Malvinas. Eles deixam esses locais durante o inverno em busca de alimento e, por vezes, alguns animais se perdem da colônia e acabam chegando à costa brasileira.

Rastreamento
Nesta temporada, pela 1ª vez no Brasil, além das anilhas – anéis metálicos de identificação que permitem a recuperação de informações, caso sejam reencontrados –, um animal que recebeu o apelido de 'Capitão', em alusão ao pinguim da serie 'Madagascar', foi solto com um rastreador com sistema GPS e monitoramento por satélite, que vai transmitir em tempo real as condições de temperatura e localização do animal.

A princípio, as medições serão feitas três vezes por semana visando testar a metodologia, que em um futuro estudo poderá fornecer dados para os pesquisadores entenderem o que ocorre com os animais após a reabilitação e soltura. Esse trabalho está sendo desenvolvido para verificar o quanto a ação humana (poluição do mar, pesca predatória, entre outros) interfere na sobrevivência desses animais durante a migração anual.

Pinguins são lançados ao mar pelas equipes durante a operação, realizada em São Sebastião. (Foto: Divulgação/Instituto Argonauta)
Pinguins são lançados ao mar pelas equipes durante a operação, realizada em São Sebastião. (Foto: Divulgação/Instituto Argonauta)

FONTE.:Do G1 Vale do Paraíba e Região

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