Primeira semana do ano registrou 1.100 chamadas, média de 158 por dia. Dessas, 20%, pouco mais de 200, foram solucionadas por telefone.
Na alta temporada, com o aumento de turistas no litoral norte, cresce também o trabalho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Na primeira semana de janeiro o Samu localizado em São Sebastião recebeu 1.100 chamadas, uma média de 158 por dia. Aproximadamente 20% dessas chamadas, pouco mais de 200, foram solucionadas por telefone.
Para atender as cidades de Caraguatatuba, Ubatuba, Ilhabela e São Sebastião, o Samu conta com 16 ambulâncias, sendo 13 delas equipadas com desfibriladores, aparelhos de oxigênio e medicamentos. As outras três são UTIs móveis. “A ambulância do Samu ela não é uma ambulância de transporte, é uma ambulância de atendimento. Então ela chega no local da ocorrência e ela começa o atendimento e começa a medicar o paciente já no local da ocorrência”, explica o coordenador geral do serviço no litoral, André Luis da Silva.
O problema é que nem sempre as pessoas que procuram o Samu realmente precisam da ambulância. “Por exemplo, eu não posso mandar uma ambulância para uma pessoa que esteja com conjuntivite e de repente eu mando pra uma conjuntivite e tem um infarto naquele mesmo bairro. O nosso médico regulador ele é treinado e capacitado e tem autoridade sanitária para estar orientando esse paciente, até mesmo medicando ele por telefone, e dizendo a ele qual o melhor serviço que ele deve procurar”, afirma André.
Central de ligações do Samu em São Sebastião.
(Foto: Reprodução/TV Vanguarda)
Os médicos reguladores citados pelo André são os que ficam na sala que recebe as ligações. Eles registram os dados do solicitante e passam o caso para um médico que analisa o quadro e em seguida dá as orientações por telefone.
“É sempre bom estar ligando, porque a gente consegue orientar. No caso de uma crise convulsiva, por exemplo, deixar o paciente de lado para não engasgar, não bronco aspirar. Um afogamento, uma parada cardiorrespiratória, a gente consegue orientar até que a ambulância chegue. Então enquanto a ambulância está a caminho, a gente consegue ajudar bastante”, explica a Coordenadora Médica Regional do Samu, Michelle de Carvalho Soares Notari.
A reportagem da Rede Vanguarda teve acesso a gravação de um atendimento. Um bebê de oito dias não conseguia respirar, tinha se engasgado com leite. Veja abaixo trechos do atendimento:
Médica: Está respirando?
Mãe: Está, mas só que ele tá aqui erguendo o pescoço. Ele não tá conseguindo respirar direito.
Médica: Coloca ele de bruços no teu colo, cabeça um pouquinho mais baixa que o corpo e vai batendo assim um pouquinho nas costas, não precisa bater forte.
Médica: Pronto, respirou.
Mãe: Obrigada.
Médica: De nada.
A dona de casa Maria Aparecida dos Santos também recebeu orientações por telefone da equipe do Samu. O marido passou mal em casa e precisou de atendimento de urgência. “Diabetes caiu demais e tivemos que levar ele, chamou rapidinho, eles atenderam muito bem. Sou muito agradecida ao serviço deles e peço a Deus para que eles sempre continuem assim”, disse.
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FONTE G1
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