segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Antonio Carlos se reúne com trabalhadores e Teto Engenharia garante pagamento de funcionários das obras até sexta-feira


Prefeito assumiu o compromisso diante dos trabalhadores que, mais uma vez, fizeram uma manifestação em frente à sede do Executivo na manhã da última sexta-feira
O prefeito de Caraguatatuba, Antonio Carlos da Silva (PSDB), estipulou o prazo de até a próxima sexta-feira para que a empresa Teto Engenharia – vencedora da licitação para a construção de prédios públicos na cidade – faça o pagamento dos cerca de 150 funcionários que estão, segundo os representantes do Sindicato da Construção Civil, há cerca de 35dias sem receber os vencimentosO prazo ficou determinado durante uma reunião, realizada no final da tarde da última sexta-feira, entre os representantes do sindicato, uma comissão de trabalhadores, o prefeito e os representantes da construtora. “Procuramos a empresa, ficamos o dia todo em reunião para tentar achar a melhor alternativa e garantir o direito dos trabalhadores. Agora, eles terão este prazo para fazer os acertos e, se tudo ocorrer dentro do combinado, eles (empresa) podem até continuar tocando a obra até o final caso contrário, nós podemos até chegar a cancelar o contrato”, avaliou Silva.
Segundo o diretor de obra da empreiteira Teto Engenharia Luiz Fernando, a dificuldade financeira surgiu após o descumprimento de pagamentos ligados a outras prefeituras onde a construtora também toca obras públicas no Estado. “A Prefeitura de Caraguatatuba está em dia com o seus pagamentos, mas, infelizmente há outros municípios que estão nos devendo por conta disso estamos enfrentando certa dificuldade financeira”, afirmou o diretor de obras Luiz Fernando.
Luiz Fernando explicou que estão sendo executadas cinco obras no total, três na construção de Centros de Educação Infantil (CEI’s) e duas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Mesmo com a saída da maioria dos funcionários, o diretor não descarta a possibilidade de precisar contratar mais trabalhadores para não prejudicar a entrega dos prédios. “A maioria das obras já está em fase final onde a mão-de-obra fica por conta de empresas terceirizadas, como é o caso de serviços de vidraçaria, pintura, acabamento. Por conta disso, ainda não sabemos se haverá a necessidade de novas contratações para terminar a obra. O prazo mínimo para estes prédios ficarem prontos deve ser de 40 dias, no caso das unidades de saúde e 30 dias para as creches”, calculou.
Para dar andamento no processo de acerto das contas, a diretoria do Sindicato se comprometeu a juntar a documentação necessária e a listagem com o nome de todos os funcionários que deixarão os canteiros das obras. “Vamos providenciar esta lista na segunda-feira e entregá-la a procuradora da Prefeitura que irá nos ajudar com este processo. Agora mais do que nunca é de nosso interesse resolver a vida dos trabalhadores e ajuda-los na garantia dos direitos trabalhistas”, comentou o secretário geral do sindicato Erlon Oliveira.
Para o sindicalista a avaliação das negociações foi bastante positiva. “Fizemos uma manifestação na quarta e outra hoje (sexta) e o mais importante é que o prefeito se dispôs a nos ouvir e principalmente intermediar junto à empresa. Daqui para a frente nós continuaremos verificando as ações da empreiteira e garantindo o direito dos trabalhadores como sempre fizemos”, afirmou Oliveira.
A reunião com os empresários foi convocada pelo próprio prefeito depois de uma conversa com os trabalhadores que, mais uma vez, foram até a porta da Prefeitura, na sexta-feira de manhã, cobrar explicações do Executivo Municipal.
Na ocasião, Silva apresentou as planilhas de pagamento e confirmou que por parte da Prefeitura de Caraguá não há nenhuma pendência com a empresa. “O problema da Teto é que eles pegaram obras em várias cidades deixaram de receber de algumas delas e não tiveram fôlego para cumprir os compromissos com vocês (operários) e o pior com uma Prefeitura que está em dia com os pagamentos”, afirmou.
Silva se sensibilizou com a situação dos funcionários que, inclusive, disseram estar enfrentando problemas com a justiça por pagamento de pensão alimentícia, por exemplo. “Eu quero me colocar a disposição para aqueles trabalhadores que tiverem problemas com a justiça, por causa do atraso do pagamento da pensão, possa vir até a prefeitura colocaremos nossos técnicos a disposição para conversar com as mulheres destes trabalhadores e tentar expor a situação”, completou.
Ainda segundo o prefeito a paralisação das obras e a alteração no cronograma de entrega dos serviços geram um problema muito grande não só para os trabalhadores, mas, principalmente para a Prefeitura que conta com a entrega dos prédios públicos para garantir o atendimento da população. “Todo este atraso pode gerar um problema maior para a Prefeitura que deixa de prestar o serviço necessário para a população. Isso nos preocupa muito, mas, infelizmente não posso escolher a empresa que vai prestar serviços para o Poder Público por conta de uma legislação que determina a realização de processos licitatórios e é justamente isso que fazemos aqui e empresas do Brasil inteiro participam da concorrência pública”, explicou.
Fonte: Jornal Imprensa Livre


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